NORMAS PARA SUBMISSÃO E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CBA 2022
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ABDOMEM AGUDO EM EQUINO INDUZIDO POR
PERFURAÇÃO INTESTINAL POR CORPO ESTRANHO
Oliveira, N.F.O.¹; Passos, M.B.¹; Melotti, V.D.¹;
Andrade, L.R.¹; Trindade, C.J.T.¹, Sales, J.V.F.¹; Saquetti, C.H.C.² 1.
Residente no Hospital Escola de Grandes Animais da UnB
(marcelpassos@yahoo.com.br) 2. Oficial Veterinário da PMDF e Cirurgião
contratado do Hospital Escola de Grandes Animais da UnB
Obstruções extraluminais e aderências
como causas de cólicas cirúrgicas em equinos são bem relatadas, porém,
perfurações intestinais causadas por corpo estranho perfurante são menos
comuns. Um equino adulto, macho, de salto, foi encaminhado ao Hospital
Veterinário de Grandes Animais da UnB no dia 22 de maio de 2014, com sinais de
síndrome de obstrução do intestino delgado. Imediatamente após a celiotomia foi
encontrado uma região de aderência que englobava a linha média, um segmento do
jejuno e o ápice do ceco. Durante a dissecção da aderência foi localizado um arame
de aproximadamente 12 centímetros que perfurava a parede do jejuno e alcançava
a parede abdominal. A área afetada encontrava-se isolada pela deposição de
fibrina. Após a retirada do arame e liberação dos segmentos optou-se pela
anastomose termino- terminal do jejuno para remover a área envolvida. Foram
removidos aproximadamente 60 centímetros de jejuno. Após três dias da cirurgia
o equino apresentou dor aguda, refluxo enterogástrico e à palpação transretal,
alças de intestino delgado distendidas. Foi realizada uma laparotomia em
estação pelo flanco esquerdo na qual se constatou uma obstrução intraluminal na
região da anastomose. Após desfeita a compactação optando-se por uma nova
anastomose. Posteriormente à cirurgia, o animal desenvolveu peritonite séptica.
Foram realizados lavados peritoneais por quatro dias consecutivos. Cada lavado
foi realizado com três infusões de 10 litros de solução ringer com lactato e
drenado aproximadamente o mesmo volume. Ao final de cada procedimento foi
deixado metronidazol na dose de 15 mg/kg na cavidade peritoneal. O animal
apresentou melhora clínica após o lavado peritoneal e recebeu alta no dia 14 de
julho de 2014.